terça-feira, 10 de agosto de 2010

Cale!

Vogo por aquele rosto. Aquele de tempos atrás. Nao me julgo orgulhosa, as vezes era a única saída.
Atras de outros sonhos, procuro nem sonhas mais. A agonia tenta perturbar minha noite, que sinceramente ja nao tenho mais. Fico horas de olhos abertos, só tentando mostrar pro meu coracao teus defeitos, como se a raiva pudesse apagar qualquer sentimento. Mas talvez nao vale a pena. E é quando a insonia se deita, e eu fecho os olhos com ela pra esquecer seu esboco.
Me vejo tao forte que as vezes poderia passar uma borracha imensa nos meus pensamentos. Mas a fraqueza sublinha tua voz no silencio dos meus dias. E quando uma música se poe a tocar, é voce quem eu quero convidar pra dancar.  Cale-se agora! Voce é tao amador nas tuas escolhas. Como uma crianca, inconsequente, insegura.
Oito pedras carrego na mao quando sua voz me enlouquece. Mais eu abro as maos, e te entrelaco nos bracos. Antigamente sentia carinho no teu abraco, e sua voz suava carente ao se dirigir a mim.
Sempre estive aqui temendo nao cobrar nada, e cobrei tanto, que nao ganhei nada com isso.
O que voce diz, nao condiz com os teus atos; que sao sempre tolos. Como te julgo assim, te dizia te conhecer? Talvez nao te conheca mais, as vezes nao quero te conhecer. Como nem voce mesmo se conhece. Me pergunto se o livro se fechou; suplico que apenas uma página fora virada.

Egito, 27 de julho de 2010, 05:39

Um comentário: